Notícias da Fetaepe

Durante o seu 2° Congresso, realizado nos dias 25 e 26 de março, a FETAEPE elegeu a sua nova diretoria, para gestão 2023-2027, contemplando trabalhadores e trabalhadoras da cana-de-açúcar e da hortifruticultura, incluindo Zona da Mata Norte, Zona da Mata Sul e Sertão, respeitando também o que diz seu regimento sobre a cota de mulheres e jovens. O Congresso definiu o nome de Cristiana Andrade para a presidência da Federação, primeira mulher a ocupar este lugar.

Cristiana Maria de Andrade tem 43 anos e nasceu em São Lourenço da Mata, município da Mata Norte de Pernambuco, onde mora até hoje. Foi criada por pais adotivos, mas manteve convivência com seus pais biológicos. Juntando os irmãos nas duas famílias, são 14. Se casou aos 15 anos e essa relação durou 10 anos. Foi mãe aos 16 anos, têm 5 filhos e 6 netos, com quem faz questão de passar o pouco tempo que tem fora da agenda política apertada de quem dirige uma Federação Sindical.

Começou a trabalhar desde muito nova no roçado da família, onde aprendeu a lidar com a terra. Aos 19 anos, conta que foi “fichada” pela primeira vez numa chácara, onde foi auxiliar de serviços gerais. Aos 23 anos teve sua carteira assinada em uma Usina, depois mudou de trabalho para a Usina Petribu, onde está registrada até hoje. Durante alguns períodos de tempo no trabalho, atuou de forma irregular e sem registro. Uma das maiores pautas de combate da Federação onde atua.

Em 2011 se afastou do trabalho na usina para compor a direção do Sindicato de São Lourenço da Mata, como secretária de organização e formação e onde atualmente é secretária geral. Ainda em 2015, fez parte da fundação da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados Rurais - CONTAR, sendo eleita para a suplência da Secretaria de Gênero de Geração. Em 2019, assumiu a terceira suplência na direção da mesma entidade. Na FETAEPE, está deixando a direção de finanças e administração que ocupou na gestão passada e assumiu a presidência. Cristiana também é membro da Comissão Nacional das Mulheres Assalariadas Rurais, onde também é fundadora. Além do empenho na luta sindical, Cristiana é formada em administração e segurança, ambos cursos técnicos.

O trabalho da Federação nos próximos 4 anos é dar continuidade às lutas da categoria por melhores condições de trabalho para homens e mulheres, ampliar a organização e fortalecer a participação de trabalhadores e trabalhadoras assalariados rurais. Cristiana assume esta tarefa muitíssimo bem acompanhada de uma direção qualificada e disposta a mudar a vida das pessoas pra melhor.

Foto: Luiz Parahyba.